quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Minhas Desculpas

Galera, peço umas folgas para vocês.
Sério, não estou bem psicológicamente, só umas duas semanas, ok?
Ontem vi uma coisa que acho que qualquer um teria ficado no estado que estou, querendo apenas ficar de boa tomando leite quente e assistindo desenhos animados, para não pensar.
Sei lá, acho que muita gente que assiste jornal, não sabe muito bem o que se passa MESMO com a pessoa que morre, se foi um acidente, não PENSA no corpo em nada disso.
Ok, chega de curiosidades.
Eu vi um suicídio.
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Sério, vocês não tem a idéia do que é essa porra... é muito... Grotesco!
Eu estava vindo ontem da casa da minha mãe (Eu estava morando no outro lado da cidade...) com meu ex.
A gente pegou o primeiro e descemos no centro. Ok. Só que, quando fomos atravessar a rua para ir para o outro ponto, a gente olhou para o outro lado da rua e tinha uma multidão de gente aglomerada na calçada, olhando para a outra calçada, olhando para dentro do prédio, no chão.
A primeira coisa que pensei era que tinha aberto um bar, sei lá, era feriado, por mim estavam todos curtindo. Mas vi aquelas faixas amarelas policias, isolando a área.
Uma mulher passou na nossa frente exatamente quando falei:
_ Amor, o que é aquilo? Vamos ver!
Ela estava com um pequeno cachorro na coleira e me olhou, me parou na hora.
_ Não vai lá, garota! Vai acabar se impressionando!
Olhei para ela e perguntei-lhe o que tinha acontecido.
_ Uma garota _ disse ela com os olhos esbugalhados _ Se suicidou.
_ Ah! Meu Deus! Vamos, amor. _ disse meu nem' já indo na frente.
A mulher tentou me impedir várias vezes, mas fui mesmo assim.
Encontrei minha tia na aglomeração de gente e ela disse que a coisa estava feia.
O prédio tinha seus portões abertos, eram aqueles de grades, que dava para ver tudo lá dentro.
O corpo estava coberto com um papel prateado crepitante, dentro do prédio, um pouco para o lado direito, havia um banco azul, daqueles de praça mesmo.
Um baco azul TOTALMENTE espatifado.
E na escadinha de entrada...
Pequenos pedaços de tripas, órgãos da garota que, com a queda, acabou se espatifando para todos os lados.
Trouxeram o caixão de plástico do IML e tiram o papel prateado de cima. Sua perna esquerda estava visivelmente quebrada, o osso para fora. Mais para cima, duas partes fraturadas do fêmur lutavam para se expor mais, aquela brutalidade sangrenta estampada para mim ver.
Levantaram o corpo para colocar no caixão, vi apenas da barriga para baixo, notando a grande abertura na barriga. Agora eu sabia de onde viera os órgãos no chão.
O legista ficou mais meia hora olhando admirado aquele corpo estraçalhado. Então, abaixou-se e pegou um braço.
Duro, lívido, pálido-azulado... Separado do corpo.  Meu estômago deu uma remexida.
De repente, ele saiu de perto do corpo e entrou dentro do estacionamento do prédio, sozinho. Começaram a fotografar o corpo. Algum tempo depois, o legista voltou segurando algo firme em suas mãos.
Uma cabeça.
Os cabelos castanhos desengranhados estavam esparramados pelo rosto não mais feminino. Seu rosto estava afundado para dentro, o crânio não resistiu. Algo deve ter batido com um impacto absurdo quando ela chegou ao chão, algo fez a cabeça dela se desfigurar àquele nível.
Agora eu sabia onde a cabeça dela tinha batido.
O banco azul fez sentido de repente.

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Parece conto de terror, mas eu vivi isso, galera. Vou tentar me recuperar psicológicamente. Enquando isso, vou fazer contos de horror, parece que levo jeito rs'
Enfim, estou tentando melhorar meu humor, isso fica na mente, se é que me entendem... tá complicado, preciso desabafar, sei lá.
OBS: quero agradecer atenciosamente à vocês. Meu blog está com quase 10.000 visualizações e só cresce, graças à vocês.
Meu carinho e agradecimento à cada um de vocês é infinito.
Obrigada.
=^)

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